quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O passeio do anjo da fé



O passeio do anjo da fé

dom, 25/09/11
por Paulo Coelho |
categoria Todas

Sem aviso, descobrimos um dia que o mundo espiritual não desperta o mesmo entusiasmo de antes.

Continuamos rezando e frequentando os cultos, mas não conseguimos nos enganar; o coração não responde, e as palavras parecem não ter sentido.

Se isto acontece com você neste momento, só existe um caminho possível: continue praticando. Faça suas preces por obrigação, ou por medo, ou seja, lá por que motivo for – mas continue fazendo.

O anjo encarregado de recolher suas palavras – e que é também responsável pela alegria da fé – está dando um passeio. Mas volta logo, e só vai saber localizá-lo se escutar uma prece ou um pedido em seus lábios.

Insista, mesmo que tudo pareça inútil. Daqui a pouco o anjo retorna, e o simples barulho de suas asas fará com que tudo volte a ser como era.

Paulo Coelho. muito bom.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Bíblia: a divisão traz a dor e o sofrimento


Bíblia: a divisão traz a dor e o sofrimento


Penso que a maioria sabe do que estou falando: um homem e uma mulher estão no jardim do paraíso, gozando todas as delícias que possam imaginar. Só existe uma única proibição – o casal jamais pode conhecer o que significa bem e mal.

Diz o Senhor Todo Poderoso (Gen: 17): “da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás”.

E um belo dia surge a serpente, garantindo que este conhecimento era mais importante que o próprio paraíso, e eles deviam possuí-lo.

A mulher recusa-se, dizendo que Deus a ameaçou de morte, mas a serpente garante que não acontecerá nada disso: muito pelo contrário, no dia em que souberem o que é bem e mal, serão iguais a Deus.

Convencida, Eva come o fruto proibido, e dá parte dele a Adão.

A partir daí, o equilíbrio original do paraíso é desfeito, e os dois são expulsos e amaldiçoados.

Mas existe uma frase enigmática, dita por Deus, que dá toda razão à serpente: “eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal”.

Também neste caso (igual ao do Deus do tempo que reza pedindo algo, embora seja o senhor absoluto) a Bíblia não explica com quem o Deus único está falando; e, se ele é único, por que está dizendo algo como “um de nós”.

Seja como for, desde suas origens a raça humana está condenada a mover-se na eterna divisão entre os dois opostos.

E aqui estamos nós, com as mesmas dúvidas dos nossos antepassados, e sem nenhuma resposta mais original a respeito.

Texto retirado do blog de Paulo Coelho .muito bom.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

VALE A PENA? SERÁ?



PRIMEIRA FOTO .Crianças africanas na prisão – fotos de Fernando Moreales.

SEGUNDA FOTO. IMAGEM DO MENINO JESUS, COMO SE PINTA, MAS JESUS NÃO ERA LORINHO ELE NÃO ERA EUROPEU.

Às vezes nos pegamos pensando: se existe uma boa razão para nossa existência na terra, devido a tanta atrocidade que presenciamos todos os dias de nossas vidas.

Quem nunca assistiu o que acontece com a maioria das pessoas que moram na Africa?

A fome, a sede, e a miséria instalada de uma forma brutal e desumana, seres humanos morrendo de fome e de sede, junto com diversos outros animais, sem que nem um desses países chamados de primeiríssimo mundo queira enxergar? E fingem não ver e não saber para se livrarem de uma análise de consciência. Se é que eles sabem o que é consciência.

Mas não precisamos viajar tanto, ou mesmo assistir nos jornais ou telejornais para ver tanta gente morrendo.

Basta abrir as portas das nossas casas os nossos olhos e os nossos corações e enxergar.

O pior cego é aquele que não quer ver diz o ditado.

Crianças de todas as idades jogadas a sua própria sorte, nas ruas, passando fome, sede, muitas vezes servindo de joguete e manipuladas por monstros de toda espécie desde, pedófilos e traficantes, e na maioria das vezes essas crianças sem nem uma oportunidade na vida acabam sendo vitimas de desgovernos que ganham rios de dinheiro para trabalhar nesta área e nem se quer chegam a tomar conhecimento de suas verdadeiras obrigações. Desconhecem o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLECENTE E SIMPLESMENTE POR CONCHAVOS POLITICOS GANHAM CARGOS, PARA SE GARANTIREM A QUALQUER CUSTO NO PODER.

Um país que esquece suas crianças, tem um futuro seriamente comprometido e no lugar de investirem em escolas de todos os tipos, preferem investir em presídios, que na maioria das vezes são exatamente para esses pequenos seres que dependem unicamente de uma ação por parte dessas ditas autoridades. Já que seus pais na maioria das vezes também são vitimas desse sistema. E se afundam no álcool ou nas drogas.

E se criam sem noção nem uma do que é ter uma família. AMOR, CARINHO, ALGUEM JÁ FALOU EM DEUS PRA ELAS? DISSE QUE ELE É BOM E JUSTO?

Um país que tem um fundamento religioso tão grande, e seus templos ostentam tantas riquezas quem não conhece por ex: o vaticano? Entre tantas outras que falam em nome de Deus, mostram à belíssima historia de um mestre e rei da humildade Jesus Cristo? E Seus ensinamentos, baseado no amor ao próximo?

Como podemos acreditar em cristãos que andam na contra mão dos ensinamentos do próprio Cristo? E sei que, Se não sou seu seguidor de ensinos sou anticristão quero dizer então anticristo conheço sua historia gosto até falo, mas, não sigo.

Como posso viver e ser feliz num planeta onde as maiorias das pessoas independentes da idade passam todo tipo de privação? desde água e comida, Na verdade o básico para estar vivo?

Quero realmente acreditar que Deus existe, preciso realmente acreditar que ele é justo, então ta, não posso mesmo acreditar em muitos desses políticos que aí estão, e muitos deles usam em seu beneficio o seu santo nome (Deus) E menos ainda em religião.

DISSE JESUS: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, ASSIM COMO EU VOS AMEI”. (JO 15, 12).

Amaras ao teu próximo como a ti mesmo (MAT.. Cap. 23. Vers.34 a 40.)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Pardal e a Águia:



O Pardal e a Águia:
O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava um pardal que não se cansava de observar uma grande águia.
A águia tinha um vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração.
O Pardal sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer.
Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser.
Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza…
Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo da águia, e de repente a águia sumiu da sua visão.
Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido.
Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente.
Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com ela.
Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o.
Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e , sem saber muito o que fazer, pôs-se em posição de luta.
A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:
- Por que estás a me vigiar, Pardal?
- Quero ser uma águia como tu, mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.

- E como você se sente sem poder desfrutar de tudo aquilo que está além do que podealcançar com tuas pequenas asas?
- Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho…
O pardal suspirou olhando para o chão… E disse:
- Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar.
Passo o dia a observar-te.
- E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar?
- Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas… Mas você voa muito alto pra mim e creio não ter forças paraaguentar os mesmos ventos que você enfrenta com coragem …
- É pardal , você sabe que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Seja firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos.
Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar e te dar a possibilidade de voar tão alto como eu.
Acredita Nisso!
E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente:
- Ah , apenas mais uma coisa: Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias.
O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos.
Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho.
Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido.

É para aqueles que acreditam serem livres, e quando carregam a liberdade em teu
coração podem adquirir as formas que desejam, pois já não estaráapegado a nenhuma delas, serás livre!
Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade.
Confia em você e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles.
Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

AMIZADE



Dizem que a amizade verdadeira resiste a distância e ao tempo, sem jamais questionar tal amizade… Quando se encontram, independente do tempo e da distância, parecem que se viram ontem, e nunca guardam mágoas ou rancor… Entendem que a vida é assim mesmo e você irá amá-los para SEMPRE, mesmo que a vida os afaste mais uma vez.
ELA RESISTE A TUDO.
VAI MUITO MAIS ALEM DA ETERNIDADE.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Reflexão sobre o respeito


Aconteceu: Buda estava sentado embaixo de uma árvore falando aos seus discípulos. Um homem se aproximou e deu-lhe um tapa no rosto. Buda esfregou o local e perguntou ao homem…

- E agora? O que vai querer dizer?

O homem ficou um tanto confuso porque ele próprio não esperava que, depois de dar um tapa no rosto de alguém, essa pessoa perguntasse: “E agora?” Ele não passara por essa experiência antes. Ele insultava as pessoas e elas ficavam com raiva e reagiam. Ou, se fossem covardes, sorriam, tentando suborná-lo. Mas Buda não era nem uma coisa nem outra; ele não ficara com raiva nem ofendido, nem tampouco fora covarde. Apenas fora sincero e perguntara: “E agora?” Não houve reação da sua parte.


Os discípulos de Buda ficaram com raiva, reagiram. O discípulo mais próximo, Ananda, disse:
- Isso foi demais: não podemos tolerar. Buda, guarde os seus ensinamentos para o senhor e nós vamos mostrar a este homem que ele não pode fazer o que fez. Ele tem de ser punido por isso. Ou então todo mundo vai começar a fazer dessas coisas.
- Fique quieto – interveio Buda – Ele não me ofendeu, mas VOCÊ está me ofendendo. Ele é novo, um estranho. E pode ter ouvido alguma coisa sobre mim de alguém, pode ter formado uma idéia, uma noção a meu respeito. Ele não bateu em mim; ele bateu nessa noção, nessa idéia a meu respeito; porque ele não me conhece, como ele pode me ofender? As pessoas devem ter falado alguma coisa a meu respeito, que “aquele homem é um ateu, um homem perigoso, que tira as pessoas do bom caminho, um revolucionário, um corruptor”. Ele deve ter ouvido algo sobre mim e formou um conceito, uma idéia. Ele bateu nessa idéia.
“Se vocês refletirem profundamente”, continuou Buda, “ele bateu na própria mente. Eu não faço parte dela, e vejo que este pobre homem tem alguma coisa a dizer, porque essa é uma maneira de dizer alguma coisa: ofender é uma maneira de dizer alguma coisa. Há momentos em que você sente que a linguagem é insuficiente: no amor profundo, na raiva extrema, no ódio, na oração.

Há momentos de grande intensidade em que a linguagem pe impotente; então você precisa fazer alguma coisa. Quando vocês estão apaixonados e beijam ou abraçam a pessoa amada, o que estão fazendo? Estão dizendo algo. Quando vocês estão com raiva, uma raiva intensa, vocês batem na pessoa, cospem nela, estão dizendo algo. Eu entendo esse homem. Ele deve ter mais alguma coisa a dizer; por isso pergunto: “E agora?”
O homem ficou ainda mais confuso! E buda disse aos seus discípulos:
- Estou mais ofendido com vocês porque vocês me conhecem, viveram anos comigo e ainda reagem.
Atordoado, confuso, o homem voltou para casa. Naquela noite não conseguiu dormir. (…)
Na manhã seguinte, o homem voltou lá e atirou-se aos pés de Buda. De novo, Buda lhe perguntou:
- E agora? Esse seu gesto também é uma maneira de dizer alguma coisa que não pode ser dita com a linguagem. (…) – Voltando-se para os discípulos, Buda chamou: – Olhe, Ananda, este homem aqui de novo. Ele está dizendo alguma coisa. Este homem é uma pessoa de emoções profundas.
O homem olhou para Buda e disse?
- Perdoe-me pelo que fiz ontem.
- Perdoar? – exclamou Buda. – Mas eu não sou o mesmo homem a quem você fez aquilo. O Ganges continua correndo, nunca é o mesmo Ganges de novo. Todo homem é um rio. O homem em quem você bateu não está mais aqui: eu apenas me pareço com ele, mas não sou mais o mesmo; aconteceu muita coisa nestas vinte e quatro horas! O rio correu bastante. Portanto, não posso perdoar você porque não tenho rancor contra você.
“E você também é outro”, continuou Buda. “Posso ver que você não é o mesmo homem que veio aqui ontem, porque aquele homem estava com raiva; ele estava indignado” Ele me bateu e você está inclinado aos meus pés, tocando os meus pés; como pode ser o mesmo homem? Você não é o mesmo homem; portanto, vamos esquecer tudo. Essas duas pessoas: o homem que bateu e o homem em quem ele bateu não estão mais aqui. Venha cá. Vamos conversar.

A Arte de Dizer as Coisas



Uma sábia e conhecida história diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

- Que desgraça, senhor! - exclamou o adivinho - Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

- Mas que insolente! - gritou o sultão enfurecido - Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao adivinho. Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer as coisas ... Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Porém, a forma com que ela é comunicada é que pode provocar grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta, mas, se a envolvermos em delicada embalagem, e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com felicidade.