quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Os verdadeiros tesouros pertencem a todos
Um homem muito rico e avarento amava suas jóias e as colecionava, acrescentando constantemente novas peças ao maravilhoso tesouro escondido, que guardava a sete chaves, oculto de olhos que não fossem os seus.
Um dia, em visita um amigo demonstrou interesse em ver as jóia.
- Seria um prazer tirá-las do esconderijo, e assim eu poderia olhá-las também.
A coleção foi trazida, e os dois deleitaram os olhos com o tesouro maravilhoso por longo tempo, perdidos em admiração.
Quando chegou o momento de partir, o convidado disse:
- Obrigado por me dar o tesouro.
- Não me agradeça por uma coisa que você não recebeu. Como não lhe dei as jóias elas não são suas, absolutamente.
- Como você sabe - respondeu o amigo, - senti tanto prazer admirando os tesouros quanto você, por isso não há essa diferença entre nós como pensa. Só que os gastos e o problema de encontrar, comprar e cuidar as jóias são seus…
GRILLO, Nícia Q. (1993) – Histórias da Tradição Sufis. Edições Dervish.
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