quinta-feira, 26 de abril de 2012

FELIZMENTE DE VOLTA. SERÁ VERDADE?



  Entre as várias cidadezinhas em que vivi, existe uma em especial, que me acompanhava em meus sonhos. Ás vezes em sonhos tinha a felicidade de estar lá, revendo e matando a saudade daquele lugar, e de muitas de minhas amigas de infância. Uma das melhores e injustiçadas fazes da minha vida.
Foi nessa cidadezinha que realizei muitos dos sonhos da idade de uma pré-adolescência feliz. Também foi lá que conheci um jovem que eu adorava, chegava a congelar na presença dele, e não conseguia falar. Conservo no intimo o desejo de voltar lá e reencontrar todos. Porém uma coisa estranha acontecia nos meus sonhos. Existia entre todas, uma que eu sempre  procurava mas nunca encontrava, e isso sempre me frustrava.
Depois de longos 30 anos tive a oportunidade, a honra e a alegria de voltar a rever a cidade em meus sonhos eu amava tanto. Passei menos tempo que precisava e de que queria. Na verdade eu precisava de muito mais tempo. E mais uma vez uma coisa me chamou a atenção: apesar de tanta gente vir até mim e falar “cuidado, você pode se decepcionar!”, “aquela cidade que você conheceu na infância não existe mais, está tudo diferente” eu sentia certa tristeza ao ouvir esse tipo de comentário. Mas não podia ser, em meus sonhos mesmo mudada a cidade continuava do mesmo modo. É certo que, se em 30 anos não houvesse mudança, não valeria a pena voltar.
Pois bem, ao estar mais uma vez em terras que tanto quis, ao pisar naquele solo, sentir aquele perfume tão peculiar, me senti mais uma vez como se estivesse sonhando. Seria mesmo verdade?! Eu estava realmente lá?! Ou era apenas mais um sonho?
Fiquei emocionada, senti uma alegria que, sinceramente, não sei explicar, não sabia se ria, chorava, pulava, gritava, estava desnorteada. Até que em fim, estava de volta, era verdade!
E agora, o quê fazer? Por onde começar?
Sim, a cidadezinha estava bem diferente,  em 30 anos era de se esperar. Cresceu e percebi que eu estava em um ponto em que na minha época não existia. Normal. Mas era com aquela cidade que eu sonhava há tanto tempo.
Chegamos ao final da tarde, quase noite, foi tudo tão mágico que nem mesmo que eu quisesse não saberia explicar.
À noite, depois de tudo já estar organizado na casa de meu irmão, onde havíamo-nos instalado, convidei a todos para passear, conhecer e reconhecer o lugar. Voltei ao local exato dos meus sonhos, fiz os mesmo percursos que sempre fazia, rua por rua. Fui frente à casinha onde vivi, ela estava igualzinha à época em que sai. Só não me lembrava que era tão pequena. Olhei tudo em volta e eu não sei o porquê meu coração batia descompassadamente.
Encontramos algumas senhoras de nossa época e ao estar na rua principal, que ficava a casa de meu pai, onde brincávamos todos os dias, na infância, dei de cara com uma pessoa, a amiga que em meus sonhos não encontrava. Ali estava ela, na minha frente, sorrindo pra mim. Fui até ela emocionada, abracei-a carinhosamente e beijei seu rosto, era verdade, não era mais sonho.
Ainda por lá, junto com alguns familiares,  conheci um jovem muito  bonito, inteligente, educado,  com uma alegria e um brilho indescritível, adorei conhecê-lo.
E, apesar de terem sido apenas dois dias, foi tempo suficiente para saber que preciso voltar e passar mais tempo.
Descobrir qual segredo existe naquele lugar. Que encanto é esse que me tira toda a atenção e me faz pensar quase o tempo todo nesse lugar?! Rever todas as pessoas que não vi?  Isso é fato, mas não deve ser só isso, tem algo a mais. Quando eu voltar irei descobrir.
 Acredito plenamente nisso.
edilza leanndro.

sábado, 21 de abril de 2012

Dos diálogos

sáb, 21/04/12

por Paulo Coelho |

categoria Todas




Um guerreiro, de vez em quando, fala sozinho. Mas não fica o tempo todo prestando atenção a si mesmo.
Uma coisa é escutar seu coração. Outra coisa é ficar só conversando consigo mesmo, sem prestar atenção aos outros. Se agir assim, não conseguirá dormir direito, e perderá o prazer dos momentos importantes do dia.
Dentro de cada um de nós existe um anjo e um demônio, e suas vozes são muito parecidas.  Diante de uma dificuldade, o demônio alimenta esta conversa, procurando nos mostrar como somos fracos e injustiçados. O anjo nos faz refletir sobre nossas atitudes, e ajuda a  encontrar o melhor caminho.
Um guerreiro está sempre atento a estes detalhes, e não se deixa enganar.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

CRIME? OU PECADO? DIFÍCIL DECISÃO.



Curioso como soam fortes os conceitos religiosos na vida da maioria das pessoas. E mais curioso ainda são os argumentos usados em relação a muita coisa quando se trata de separar o certo do errado.

Existem as mais variadas formas.

Essa semana, em uma discussão com alguns amigos (como sempre), pude ver, entre dois grandes amigos, como cada um se comportou diante de questões polêmicas. Trazendo a tona que a ciência tem uma visão bem diferente da apresentada por quase todas as religiões.

O tema em si era exatamente o que povo brasileiro assistiu há poucos dias, através de todas as redes de informações, TV, rádio internet, etc., em relação mais uma vez ao distinto fato do aborto.

Quando o STF votou durante essa semana, e no dia 12 de abril, com o poder a eles outorgado, fizeram valer que, no Brasil, se a mulher ficar grávida de uma criança com anencefalia (quando nasce com falta, total ou parcial, do cérebro) ela pode decidir optar de forma legal, sem que seja crime, entre dar a luz ou não há uma criança que não viverá certamente, pois teria apenas algumas horas de vida, não teria consciência nem sentidos.

E a discussão girava em torno desse assunto.

Se é certo ou errado?! Se é pecado ou não?! E se fosse, por que seria?

Foi interessantíssimo ver quando argumentos faltaram, daí surgiu a afirmação “É pecado,... a religião condena, aliás, Deus condena”.

- Se Deus mandou uma criança para nascer assim, então tem que ser, ninguém pode ser contra a vontade Deus, nem a justiça nem ninguém pode ser contra sua vontade.

Outro dizia “ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém”, mesmo sabendo que isso é que nos faz sentir que estamos vivos ou não. Não é questão de opinião, E o que nos leva à saber disso é exatamente o cérebro.

E uma terceira opinião dizia “quem vai me dizer se estou agindo certo ou errado, ou pecando perante Deus ou não é a minha própria consciência?

Deus me deu a consciência para usar, não preciso de religião ou que qualquer um me diga o que é certo ou errado!”.

Tem lá em Genesis, durante o Jardim do Éden sobre o fruto proibido, lembra? “...Eis que o homem é como um de nós, sabedor do bem e do mal...”, então eu tenho que ter minha própria noção. “Deus” disse exatamente isso ao homem, e não é preciso que alguém me diga, uma vez que não existe outro fruto da sabedoria, (ou do conhecimento).

Eis a questão: não devo praticar atos, sejam lá quais venham a ser, por medo do que algum pastor, padre ou líder religioso tenha afirmado ser pecado, não fazer coisas erradas, maldades por que as religiões afirmam ser pecado e, se vier a praticá-los, serei severamente castigado por Deus. E olhe que a mão de Deus pesa! Pode até me jogar no inferno!

Sério!

Jura?

Então os pecados e os erros que não cometo, não são necessariamente por bondade, mas sim, por medo!

Quem me salva ou quem me condena é a minha consciência, não pratico coisas erradas, injustiças e crimes por que ela me diz que é errado, não tem a ver com religião ou com o próprio criador. Simplesmente sei que não é como nos filmes onde alguém morre na tela e no outro dia está dando autógrafos.

Na verdade saber ser justo, honesto, saber dividir e separar o certo do errado, isso independente de qualquer coisa que seja, o bem é o certo, por que isso faz bem a mim e a todos.

E as coisas Erradas que não seja por medo de castigos, isso sim é errado.

Questão de consciência mesmo.

EDILZA LEANNDRO.


terça-feira, 17 de abril de 2012

OS ANJOS EXISTEM,ELES ESTÃO ENTRE NÓS.



O mundo conhece histórias de grandes nomes, de pessoas que nasceram nesse planeta com tanta luz e bondade, que chegaram a iluminar tudo em seus caminhos, mostrando através de grandes exemplos, que o ser humano, querendo, pode pelo simples prazer, ser bom, benevolente e amável com os seus semelhantes. Há exemplos: De, Jesus Cristo, Madre Tereza de Calcutá, São Francisco de Assis, Buda, Francisco Candido Xavier e tantos outros milhares.

Hoje, 15 de abril de 2012, assisti a um documentário sobre um homem, “Dr. Marcelo – O Diário do inferno”, sobre um médico que devotou sua profissão para ajudar pessoas, seres humanos, abandonados e jogados a margem da sociedade, e a diferença existente seriam os tantos desníveis sociais, muitas vezes, causados por um sistema podre e imundo, constituído por autoridades incompetentes, ineficientes e, boa parte, desonestas, que se elegem fazendo promessas cínicas, mentirosas, enganando um povo humilde e esperançoso, jurando que se eleitos seriam exatamente o contrario do que são.

Verdadeiros vampiros assassinos que sugam suas presas até a morte.

São na verdade muitos o causadores das desgraças na nação brasileira.

Devemos abrir os olhos, todos nós, os eleitores do Brasil, e tentar, através de um voto consciente, mudar esse quadro. Não sejamos meros expectadores, co-participantes omissos e covardes.

De toda essa barbárie.

Dr. Marcelo dos Santos Clemente, nos trouxe esse lindo ensinamento.

É através de pessoas assim que a minha fé em Deus cresce a cada dia. Muito obrigada. Eu sei agora que o céu é a consciência tranqüila e a certeza de dever cumprido. Deus existe, acredite! É através de pessoas assim que ele se revela.

Assim, o Dr. Marcelo dos Santos Clemente voltou para o céu, onde é o seu lugar.

Aos 27 anos de idade, o Dr. Marcelo dos Santos Clemente esperava ser recebido para uma audiência com a excelentíssima Senhora Presidenta da República Federativa do Brasil. Morreu um mês antes. Mas deixou um legado de bons exemplos que certamente serão seguidos por muitos homens e mulheres de bem que ainda vivem nesse planeta.

OS ANJOS EXISTEM, ELES ESTÃO ENTRE NÓS.

EDILZA LEANNDRO.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

É preciso resistir.



É preciso resistir.

Como as árvores e as montanhas, que suportam os mais inesperados ventos.


Muitas vezes, o homem precisa fingir que não ouve; ou deixar que a mágoa encontre, em seu coração, o túmulo silencioso.


É necessário acreditar.


Mesmo quando os fatos o negam, quando o sofrimento é a recompensa, é preciso lutar por aquilo em que se acredita. Pois, para aquele que retorna a meio caminho, de nada valeram os sacrifícios da jornada.


Mesmo quando a vida parece um fardo, quando de todos os lados a tristeza faz sentir a sua presença, é necessário seguir. E da fraqueza extrair forças, para um dia alcançar a felicidade.


Por isto, não deveis desesperar ao ver ruírem os vossos castelos; antes buscai erguê-los novamente.


Muitas vezes, a diferença entre o fracasso e o sucesso é uma tentativa a mais.

E não é sábio aquele que maldiz o seu destino, ou por ele se incrimina, e sim o que se esforça para torná-lo melhor.

Em qualquer situação, mais vale uma canção de esperança que palavras de amargor. Pois a angústia não trará soluções aos vossos problemas; antes os fará parecer maiores, roubando-vos a coragem com que os poderíeis resolver.

E, por certo, não é com a amargura de hoje que ireis construir um doce amanhã.


Meditai sempre, sobre os vossos problemas. Pois é junto ao vosso verdadeiro Eu que encontrareis as melhores respostas.


Lembrai-vos que a cada taça de fel corresponde uma taça de mel. Porém não sentireis o sabor do mel que a vida coloca em vossos lábios, se o vosso paladar se obstina em ater-se ao fel.


E assim procede quem apenas enxerga as dificuldades da vida, desprezando as dádivas que recebe a cada dia. Pois a quem distribui o fel, dificilmente será ofertado o mel.


Por isto, deveis resistir à amargura. Assim encontrareis, em vosso verdadeiro Eu, a força de que necessitais para construir o vosso futuro.


E a vossa felicidade.

Mais um texto do livro "A Sabedoria de Hassan