quinta-feira, 19 de abril de 2012

CRIME? OU PECADO? DIFÍCIL DECISÃO.



Curioso como soam fortes os conceitos religiosos na vida da maioria das pessoas. E mais curioso ainda são os argumentos usados em relação a muita coisa quando se trata de separar o certo do errado.

Existem as mais variadas formas.

Essa semana, em uma discussão com alguns amigos (como sempre), pude ver, entre dois grandes amigos, como cada um se comportou diante de questões polêmicas. Trazendo a tona que a ciência tem uma visão bem diferente da apresentada por quase todas as religiões.

O tema em si era exatamente o que povo brasileiro assistiu há poucos dias, através de todas as redes de informações, TV, rádio internet, etc., em relação mais uma vez ao distinto fato do aborto.

Quando o STF votou durante essa semana, e no dia 12 de abril, com o poder a eles outorgado, fizeram valer que, no Brasil, se a mulher ficar grávida de uma criança com anencefalia (quando nasce com falta, total ou parcial, do cérebro) ela pode decidir optar de forma legal, sem que seja crime, entre dar a luz ou não há uma criança que não viverá certamente, pois teria apenas algumas horas de vida, não teria consciência nem sentidos.

E a discussão girava em torno desse assunto.

Se é certo ou errado?! Se é pecado ou não?! E se fosse, por que seria?

Foi interessantíssimo ver quando argumentos faltaram, daí surgiu a afirmação “É pecado,... a religião condena, aliás, Deus condena”.

- Se Deus mandou uma criança para nascer assim, então tem que ser, ninguém pode ser contra a vontade Deus, nem a justiça nem ninguém pode ser contra sua vontade.

Outro dizia “ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém”, mesmo sabendo que isso é que nos faz sentir que estamos vivos ou não. Não é questão de opinião, E o que nos leva à saber disso é exatamente o cérebro.

E uma terceira opinião dizia “quem vai me dizer se estou agindo certo ou errado, ou pecando perante Deus ou não é a minha própria consciência?

Deus me deu a consciência para usar, não preciso de religião ou que qualquer um me diga o que é certo ou errado!”.

Tem lá em Genesis, durante o Jardim do Éden sobre o fruto proibido, lembra? “...Eis que o homem é como um de nós, sabedor do bem e do mal...”, então eu tenho que ter minha própria noção. “Deus” disse exatamente isso ao homem, e não é preciso que alguém me diga, uma vez que não existe outro fruto da sabedoria, (ou do conhecimento).

Eis a questão: não devo praticar atos, sejam lá quais venham a ser, por medo do que algum pastor, padre ou líder religioso tenha afirmado ser pecado, não fazer coisas erradas, maldades por que as religiões afirmam ser pecado e, se vier a praticá-los, serei severamente castigado por Deus. E olhe que a mão de Deus pesa! Pode até me jogar no inferno!

Sério!

Jura?

Então os pecados e os erros que não cometo, não são necessariamente por bondade, mas sim, por medo!

Quem me salva ou quem me condena é a minha consciência, não pratico coisas erradas, injustiças e crimes por que ela me diz que é errado, não tem a ver com religião ou com o próprio criador. Simplesmente sei que não é como nos filmes onde alguém morre na tela e no outro dia está dando autógrafos.

Na verdade saber ser justo, honesto, saber dividir e separar o certo do errado, isso independente de qualquer coisa que seja, o bem é o certo, por que isso faz bem a mim e a todos.

E as coisas Erradas que não seja por medo de castigos, isso sim é errado.

Questão de consciência mesmo.

EDILZA LEANNDRO.


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