É muito fácil amar e
respeitar as pessoas que são próximas a nós, ainda por cima dividindo-as por
categorias que nós mesmos inventamos.
Amamos muito nossos pais,
alguns amam tanto sua mãe quanto ao próprio Deus. Amamos nossos filhos, irmãos,
tias e tios, primos, amamos toda a nossa família, isso independentemente de
qualquer coisa com raríssimas exceções. Amamos nossos amigos e amigas, nossos
vizinhos, desde que todos correspondam às nossas expectativas.
Somos restritos quando se
trata do maior e melhor sentimento que existe em todo o universo, que é,
exatamente, o amor. Temos uma relação pequena e uma visão estreita, com
critérios, conceitos e preconceitos criados por uma sociedade, que na maioria,
é demagógica e hipócrita, que cria na mente insana das pessoas uma série de
temas e citações de seres politicamente corretos, quando na maioria dos
próprios criadores não o seguem, porém exigem que as pessoas as sigam cegamente
sem contestar nem ao menos questionar, seja na religião, na política ou em seu
dia-a-dia em geral, causando danos graves na maioria das pessoas que se quer
compreendem por que e nem pra que. Não sabemos usar a gentileza, a bondade, a
educação, nem o amor tão falado com pessoas que não se encaixam nesses
seguimentos de perfeição que foram criados e ensinados ao longo dos séculos.
Achamos-nos no direito de criar uma filtração onde quem é certo é amigo e deve
ser amado e quem é errado tornamo-lo inimigo e deve ser expurgado e separado
sem direito a chance alguma ou direito a ajuda, menos ainda a ser amado, e
sempre nos colocamos como seres amados e filhos de Deus, enquanto tornamos o
outro propriedade do diabo, uma pessoa que não merece estar viva, e chega a ser
impensável conviver com este tipo de pessoa.
Somos seres religiosos. A
maioria de nós acredita cem por cento na Bíblia Sagrada, que o homem veio de
Deus segundo a mesma, quem criou tudo e todos inclusive o homem bom e o mal. Que
todos viemos d’Ele, segundo a bíblia, isso é inegável, mas como explicar esses
disparates criados por critérios vindos do próprio homem e apresentando
situações diversas e adversas com explicações sem nenhum sentido?
Cristo ensinou que devemos
nos amar a todos, indistintamente, e que o segundo maior mandamento é amar o
próximo, e esse próximo refere-se aos amigos, aos desconhecidos e aos inimigos,
pois se apenas amarmos a quem nos ama, que mérito teremos, continuaremos
iguais, sem avanço espiritual nenhum, pois todas as pessoas são assim,
inclusive as ditas politicamente incorretas, as que dizem “amar Jesus” e praticam
todo o tipo de atrocidades, eles também amam aos que os ama.
É muito fácil apresentar uma
feição de anjo e ser bondosos quando nos convém, é fácil ser mais um nas fileiras da hipocrisia, colocar uma
mascara de bondade tendo um coração que separa irmãos por comportamento aos
nossos olhos e padrões errados. O difícil mesmo é ser honesto e aprender a
conviver e a respeitar quem ousa esta fora desses padrões inventados por nós,
de seres perfeitos que também não somos. Sempre nos colocamos acima de muitos, querendo
ser melhores que todos, ignorando, por conta própria, tudo o que a bíblia traz,
os ensinamentos do Ser a serem seguidos, com exemplos de amor. Como posso me
dizer cristão se não tento pelo menos aprender com os exemplos vivos do Cristo?
Amar a todos indistintamente, isso consiste em amar inclusive aqueles que mais
precisam ser amados, incluindo os inimigos... Todos que precisam aprender a
respeitar os próprios limites e os dos outros
EDILZA LEANNDRO.
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