usarei este espaço para tentar trazer os leitores conceitos mais claros e definições menos “achistas” sobre diversos temas relacionados ao que chamamos de Ciências Esotéricas (e não Ocultas). Para iniciar escolhi um tema que tem sido constantemente dicutido e apresentado na mídia, a Magia Negra.
Já faz algum tempo que estudo bastante a esse respeito. Busco informações em livros em vários idiomas e de diversas culturas, converso com pessoas, vasculho a internet. E o que me leva a escrever este “post” é justamente a quantidade de informações incompletas ou sem fundamentos que encontro em especial na internet, espaço ao qual milhões de pessoas tem acesso.
Não é de hoje que o interesse por assuntos Esotéricos tem aumentado, ainda mais com o advento da Nova Era, a Era de Aquário. Isso não é ruim, pelo contrário. Principalmente para nós que por tantos séculos tivemos que ficar escondidos, levando inclusive a criação do conceito moderno de “Ciência Oculta”. Porém trazer ao conhecimento das pessoas definições errôneas ou dúbias não contribui em nada, pelo contrário. Isso só ajuda o surgimento de novos mitos ridículos e estimula a perseguição infundada pelos fundamentalistas religiosos que veem na Nova Era um risco (real) ao seu domínio sobre o Conhecimento. Assim, usarei este espaço para tentar trazer os leitores conceitos mais claros e definições menos “achistas” sobre diversos temas relacionados ao que chamamos de Ciências Esotéricas (e não Ocultas).
Para iniciar escolhi um tema que tem sido constantemente discutido e apresentado na mídia, que se trata da Magia Negra. Para começo de conversa e já tentando acabar com esse conceito absurdo, a Magia é uma só e consiste, basicamente, em interagir de forma absoluta com a Natureza e com sua Energia. O termo “Magia Negra” foi disseminado em especial durante o período da Idade Média, a fim de facilitar a perseguição e a segregação dos Esotéricos e impedindo e desestimulando as pessoas de buscarem conhecimento. O termo “Ciências Ocultas” com o tom pejorativo a fim de afastar as pessoas dos estudos de Astrologia e da Cabala, por exemplo, também vem desse período. O que há, de fato, é a forma de como se usa os conhecimentos obtidos. A Magia, em si, nada tem de ruim ou bom, assim como qualquer fonte de conhecimento, que pode ser utilizada de forma ética ou não, de forma benéfica ou não. Igualmente, podemos ter o mal uso da política, mas não há “Política Negra”. Apenas e tão somente existe a política.
Também é incorreta a afirmação que Magos são bons, os Bruxos maus e os Feiticeiros maus ou bons. Os termos Feiticeiro, Bruxo e Mago denominam níveis de conhecimento e domínio da Magia e a forma de sua aplicação. OFeiticeiro é algo mais intuitivo, ligado mais a manifestação simples dos eventos da Natureza. Indica um nível inicial e basicamente limita-se ao uso de encantamentos pré-concebidos e busca resultados rápidos, porém pouco duradouros. O Bruxo, por sua vez, indica um nível intermediário de conhecimento e nem sempre limita-se ao uso de encantamentos já existentes, podendo criar os seus. Os resultados nem sempre são rápidos e sua duração é incerta.
Já o Mago é o nível mais elevado, sendo necessários anos de estudos e a constante busca pelo saber que envolve Astrologia, Cabala, Hermética e atuo-conhecimento, entre outros. Seus encantamentos e procedimentos são próprios e geralmente são anotados cuidadosamente em seus grimórios (diários).Todos eles Feiticeiros, Bruxos e Magos podem usar esses conhecimentos como bem lhe aprouverem (como qualquer profissional por exemplo), sabendo porém que tudo pode regressar a si com tripla força.
Espero que ao fim deste texto os leitores possam compreender melhor essa questão e antes de utilizar o termo “Magia Negra” pensem também que há “Política Negra”, “Engenharia Negra”, “Medicina Negra”...
Em qualquer tempo e em qualquer lugar onde existam seres humanos é bom saber bem antes de qualquer coisa, quem são, seus comportamentos e suas ações com quem estamos lidando, pois o bem e o mal existem e não estão nas coisas, profissões ou até mesmo nas religiões e sim, em quem as praticam ou ainda dos que conduzem
Fiquem bem!
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